terça-feira, fevereiro 13, 2018
quinta-feira, março 29, 2012
segunda-feira, janeiro 04, 2010
segunda-feira, novembro 09, 2009
domingo, novembro 08, 2009
terça-feira, novembro 03, 2009
quarta-feira, outubro 07, 2009
quinta-feira, julho 02, 2009
domingo, maio 17, 2009
sexta-feira, maio 15, 2009
terça-feira, janeiro 20, 2009
sexta-feira, janeiro 09, 2009
domingo, dezembro 21, 2008
domingo, dezembro 14, 2008
EXPLICAÇÃO DA LUZ
O azulejo lava a sua luz
Tem o brilho
Do movimento exacto
Dos seus vestidos
E o seu rosto é limpo.
Com as suas próprias mãos
Sem acabar se acaricia.
A luz lava o brilho
Do azulejo. A luz o lava
No seu vestido
E o seu rosto é um.
Com as próprias mãos
O quebra e inicia.
O azulejo lava a sua luz
Tem o brilho
Do movimento exacto
Dos seus vestidos
E o seu rosto é limpo.
Com as suas próprias mãos
Sem acabar se acaricia.
A luz lava o brilho
Do azulejo. A luz o lava
No seu vestido
E o seu rosto é um.
Com as próprias mãos
O quebra e inicia.
EXPLICAÇÃO DAS MARÉS
O navio atravessa o sentido dos corpos
As casas vomitam a luz pela janela
Do enjoo das casas naufragam
As mulheres
Daniel Faria, Explicação das Árvores e de Outros Animais. Fundação Manuel Leão, 1998.
domingo, novembro 23, 2008
sexta-feira, novembro 21, 2008
W. B. YEATS
MEDITAÇÃO EM TEMPO DE GUERRA
Numa pulsação de artéria,
Sentado naquela velha pedra cinzenta,
Debaixo da velha árvore quebrada pelo vento,
Soube que o Uno é animado,
A humanidade inanimada fantasia.
1921
Numa pulsação de artéria,
Sentado naquela velha pedra cinzenta,
Debaixo da velha árvore quebrada pelo vento,
Soube que o Uno é animado,
A humanidade inanimada fantasia.
1921
terça-feira, novembro 11, 2008
quarta-feira, novembro 05, 2008
quarta-feira, outubro 29, 2008
domingo, outubro 26, 2008
sábado, outubro 25, 2008
Greguerías
O beijo é fome de imortalidade.
Os beijos são como selos do correio: há os que colam e os que não colam.
Os haikai são telegramas poéticos.
O relógio não existe nas horas felizes.
O cinema nasceu quando as nuvens paradas das fotografias se puseram sa mexer.
Só o poeta tem relógio de lua.
O deserto penteia-se com pente de vento, a praia com pente de água.
O pó está cheio de velhos e esquecidos espirros.
Um segundo é igual aos séculos: é um século em miniatura.
Ramón Gómez De La Serna (1888-1963)
sexta-feira, outubro 10, 2008
de boa memória
céptica* curiosidade
porque a memória, dizem, sempre pesa.
* (vou ter alguma dificuldade em abdicar do 'p' do meu 'cepticismo', não me agrada sobremaneira aligeirá-lo)
terça-feira, outubro 07, 2008
terça-feira, setembro 30, 2008
segunda-feira, setembro 29, 2008
terça-feira, julho 08, 2008
terça-feira, maio 13, 2008
sexta-feira, abril 04, 2008
quinta-feira, abril 03, 2008
continuação de contemplação
segunda-feira, março 31, 2008
domingo, março 30, 2008
a ressurreição passou por aqui
depois de vislumbrar este actor do qual só sei que é comediante e que se chama Adel Karam*
depois de mais Beirute
depois de Caramel de Nadine Labaki
quinta-feira, janeiro 03, 2008
sábado, novembro 17, 2007
sábado, outubro 27, 2007
domingo, outubro 14, 2007
por acaso...
You Belong in Amsterdam |
A little old fashioned, a little modern - you're the best of both worlds. And so is Amsterdam. Whether you want to be a squatter graffiti artist or a great novelist, Amsterdam has all that you want in Europe (in one small city). |
domingo, outubro 07, 2007
sábado, outubro 06, 2007
quarta-feira, setembro 05, 2007
quarta-feira, julho 04, 2007
terça-feira, julho 03, 2007
eco
Os letrados ignorantes
O analfabeto é feliz e não se arma em carapau. Já o letrado ignorante é convencido, logo idiota. Acha que sabe, mas está enganado. O letrado ignorante é como aqueles revisores que emendam palavras difíceis, garantindo que são gralhas, e grafam outros termos mais comuns. E mudam alegremente «cultual» em «cultural», «corográfico» em «coreográfico», «teleológico» em «teológico», «polução» em «poluição». Deus nos livre dos letrados ignorantes. (Estado Civil, 2.7.07)
O analfabeto é feliz e não se arma em carapau. Já o letrado ignorante é convencido, logo idiota. Acha que sabe, mas está enganado. O letrado ignorante é como aqueles revisores que emendam palavras difíceis, garantindo que são gralhas, e grafam outros termos mais comuns. E mudam alegremente «cultual» em «cultural», «corográfico» em «coreográfico», «teleológico» em «teológico», «polução» em «poluição». Deus nos livre dos letrados ignorantes. (Estado Civil, 2.7.07)
daqui
segunda-feira, julho 02, 2007
terça-feira, junho 26, 2007
Ignorance
Strange to know nothing, never to be sure
Of what is true or right or real,
But forced to qualify or so I feel,
Or Well, it does seem so:
Someone must know.
Strange to be ignorant of the way things work:
Their skill at finding what they need,
Their sense of shape, and punctual spread of seed,
And willingness to change;
Yes, it is strange,
Even to wear such knowledge - for our flesh
Surrounds us with its own decisions -
And yet spend all our life on imprecisions,
That when we start to die
Have no idea why.
Philip Larkin, The Whitsun Weddings (1964).
Of what is true or right or real,
But forced to qualify or so I feel,
Or Well, it does seem so:
Someone must know.
Strange to be ignorant of the way things work:
Their skill at finding what they need,
Their sense of shape, and punctual spread of seed,
And willingness to change;
Yes, it is strange,
Even to wear such knowledge - for our flesh
Surrounds us with its own decisions -
And yet spend all our life on imprecisions,
That when we start to die
Have no idea why.
Philip Larkin, The Whitsun Weddings (1964).
segunda-feira, junho 25, 2007
quarta-feira, junho 20, 2007
terça-feira, junho 19, 2007
domingo, junho 17, 2007
quinta-feira, maio 31, 2007
Variation on the Word Sleep
I would like to watch you sleeping,
which may not happen.
I would like to watch you,
sleeping. I would like to sleep
with you, to enter
your sleep as its smooth dark wave
slides over my head
and walk with you through that lucent
wavering forest of bluegreen leaves
with its watery sun & three moons
towards the cave where you must descend,
towards your worst fear
I would like to give you the silver
branch, the small white flower, the one
word that will protect you
from the grief at the center
of your dream, from the grief
at the center. I would like to follow
you up the long stairway
again & become
the boat that would row you back
carefully, a flame
in two cupped hands
to where your body lies
beside me, and you enter
it as easily as breathing in
I would like to be the air
that inhabits you for a moment
only. I would like to be that unnoticed
& that necessary.
Selected Poems II: 1976-1986 by Margaret Atwood. 1987
I would like to watch you sleeping,
which may not happen.
I would like to watch you,
sleeping. I would like to sleep
with you, to enter
your sleep as its smooth dark wave
slides over my head
and walk with you through that lucent
wavering forest of bluegreen leaves
with its watery sun & three moons
towards the cave where you must descend,
towards your worst fear
I would like to give you the silver
branch, the small white flower, the one
word that will protect you
from the grief at the center
of your dream, from the grief
at the center. I would like to follow
you up the long stairway
again & become
the boat that would row you back
carefully, a flame
in two cupped hands
to where your body lies
beside me, and you enter
it as easily as breathing in
I would like to be the air
that inhabits you for a moment
only. I would like to be that unnoticed
& that necessary.
Selected Poems II: 1976-1986 by Margaret Atwood. 1987
sexta-feira, maio 25, 2007
Marlene Dumas
"My best works are erotic displays of mental confusions (with intrusions of irrelevant information)." Marlene Dumas
Subscrever:
Mensagens (Atom)