segunda-feira, junho 27, 2005
domingo, junho 26, 2005
Turistas no Museu
Parecem acabrunhados
Estarrecidos lêem na parede o número dos séculos
O seu olhar fica baço
Com as estátuas - como por engano -
Às vezes se cruzam
(Onde o antigo cismar demorado na viagem?)
Cá fora tiram fotografias muito depressa
Como quem se desobriga daquilo tudo
Caminham em rebanho como os animais
in ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner, O Búzio de Cós e outros poemas. 2ª ed. Caminho, 1998.
Estarrecidos lêem na parede o número dos séculos
O seu olhar fica baço
Com as estátuas - como por engano -
Às vezes se cruzam
(Onde o antigo cismar demorado na viagem?)
Cá fora tiram fotografias muito depressa
Como quem se desobriga daquilo tudo
Caminham em rebanho como os animais
in ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner, O Búzio de Cós e outros poemas. 2ª ed. Caminho, 1998.
Patrick Wolf
sábado, junho 25, 2005
Para além de momentos muito bem passados, todos podemos retirar algumas ilações. http://abc.go.com/primetime/desperate
A frase abriu o caminho
Pintura na rocha
Cena de caça e de amor,
sons de alerta
A ideia perfeita permanece
intacta.
Palavra inicial
suspensa
A frase abriu o caminho.
Cena de caça e de amor,
sons de alerta
A ideia perfeita permanece
intacta.
Palavra inicial
suspensa
A frase abriu o caminho.
sábado, junho 18, 2005
Continuo a gostar do Snoopy e seus amiguinhos como há vinte e tal anos atrás!! O meu lado infantil em www.unitedmedia.com.
segunda-feira, junho 13, 2005
Eugénio de Andrade - 1923-2005
As Palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória
Inseguras navegam:
barcos, beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz e são de noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
As Amoras
O meu país sabe as amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
segunda-feira, junho 06, 2005
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