Era uma vez um homem elástico. Quando era preciso que ele passasse através duma porta mal aberta esticavam-no em comprimento e ele passava. Não era preciso abrir mais a porta. Quanto ao deitar-se, se a cama fosse curta encolhiam-no, ele dava em largura e assim estava sempre tudo certo. Este mito, que deu origem ao verbo procrastinar, há muito que é conhecido dos portugueses.
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Era uma vez um gato preto com uns olhos tão verdes que quando passeava pelo bosque dir-se-ia que era uma sombra em que se tinham aberto dois buracos para se poder ver a verdura do verde.
Ana Hatherly, A Cidade das Palavras, Quetzal, 1988.
2 comentários:
Obrigada pela tua simpatica Visita!
Volta sempre!
Tb prometo passar por aqui mais vezes!
Bjs da Matilde
boa, boa. não conhecia. obrigado :)
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