segunda-feira, dezembro 11, 2006
domingo, dezembro 10, 2006
domingo, dezembro 03, 2006
domingo, novembro 26, 2006
domingo, novembro 19, 2006
domingo, novembro 12, 2006
tisanas
A arte torna-se arte quando a sua naturalidade original é transformada pelo contexto em que funciona. Por exemplo: a pérola no brinco, a ideia na escrita, etc. Pergunto-me então: Seremos realmente obrigados a escolher entre a ilusórisa superioridade do conceito e a gloriosa efemeridade da rosa?
Ana Hatherly, A Cidade das Palavras, Quetzal, 1988.
Ana Hatherly, A Cidade das Palavras, Quetzal, 1988.
quinta-feira, novembro 09, 2006
terça-feira, novembro 07, 2006
segunda-feira, novembro 06, 2006
domingo, novembro 05, 2006
sexta-feira, novembro 03, 2006
BANDA SONORA DO DIA
terça-feira, outubro 31, 2006
domingo, outubro 29, 2006
quarta-feira, outubro 25, 2006
joy in itself
The aim of every fragrance should be to make you feel happy, but this one made our faces beam even before we got to the scent inside — French product designer Ora Ito’s sunny pharmaceutical design is a joy in itself. The unisex scent was created for the Smiley brand by Firmenich, and the Swiss perfume house says it contains micro-nutrients that activate happiness. The formula combines theobromine and phenylethylamine, both natural mood elevators, as well as the more conventional notes of bergamot, patchouli and musk.
domingo, outubro 22, 2006
chá quentinho e Ástor Piazzolla
Daniel Faria (1971-1999)
Há muitos metros entre um animal que voa
E a escada que desço para me sentar no chão
Mas basta-me um quadrado de sossego
Para a distância absoluta
Está para além do que se vê a janela onde me debruço definitivo
Não é uma aparição
Nem se pode alcançar sem se ir em frente caindo
Só no fim da paisagem estou de pé como um para-quedista que desce
Suspenso como os santos num arroubo místico
Erguido como um anjo em suas asas
E sinto-me ser alto como um astro. Nuvem
Como se fosse um homem
Que levita
in Homens que são como lugares mal situados, Fundação Manuel Leão. 1998.
E a escada que desço para me sentar no chão
Mas basta-me um quadrado de sossego
Para a distância absoluta
Está para além do que se vê a janela onde me debruço definitivo
Não é uma aparição
Nem se pode alcançar sem se ir em frente caindo
Só no fim da paisagem estou de pé como um para-quedista que desce
Suspenso como os santos num arroubo místico
Erguido como um anjo em suas asas
E sinto-me ser alto como um astro. Nuvem
Como se fosse um homem
Que levita
in Homens que são como lugares mal situados, Fundação Manuel Leão. 1998.
A Nuvem Prateada das Pessoas Graves
Nem sempre se deve desconfiar das pessoas
graves, aquelas que caminham com o pescoço inclinado para baixo,
os olhos delas a tocar pela primeira vez o caminho que os pés confirmarão
depois.
Às vezes elas vêem o céu do outro lado do caminho que é o que lhes fica por baixo
dos pés e por isso do outro lado do mundo.
O outro lado do mundo das pessoas graves parece portanto um sítio longe dos pés e
mais longe ainda das mãos
que também caem nos dias em que o ar pode ser mais pesado e os ossos
se enchem de uma substância morna que não se sabe bem o que é.
Na gravidade dos pés e da cabeça, e também dos olhos, com que nos são alheias
quando as olhamos de frente rumo ao lado útil do caminho que escolhemos, essas
pessoas arrastam uma nuvem prateada que a cada passo larga uma imagem daquilo
que foram ou das pessoas que amaram.
Essas imagens podem desaparecer para sempre se forem pisadas quando caem no
chão. A gravidade dos pés e da cabeça, e também dos olhos, dessas pessoas, é,por
isso, uma subtil forma de cuidado.
Rui Costa (Prémio Daniel Faria 2005)
graves, aquelas que caminham com o pescoço inclinado para baixo,
os olhos delas a tocar pela primeira vez o caminho que os pés confirmarão
depois.
Às vezes elas vêem o céu do outro lado do caminho que é o que lhes fica por baixo
dos pés e por isso do outro lado do mundo.
O outro lado do mundo das pessoas graves parece portanto um sítio longe dos pés e
mais longe ainda das mãos
que também caem nos dias em que o ar pode ser mais pesado e os ossos
se enchem de uma substância morna que não se sabe bem o que é.
Na gravidade dos pés e da cabeça, e também dos olhos, com que nos são alheias
quando as olhamos de frente rumo ao lado útil do caminho que escolhemos, essas
pessoas arrastam uma nuvem prateada que a cada passo larga uma imagem daquilo
que foram ou das pessoas que amaram.
Essas imagens podem desaparecer para sempre se forem pisadas quando caem no
chão. A gravidade dos pés e da cabeça, e também dos olhos, dessas pessoas, é,por
isso, uma subtil forma de cuidado.
Rui Costa (Prémio Daniel Faria 2005)
quinta-feira, outubro 19, 2006
segunda-feira, outubro 16, 2006
o poema formiga
sexta-feira, outubro 13, 2006
sexta-feira, setembro 22, 2006
terça-feira, setembro 12, 2006
quarta-feira, agosto 16, 2006
segunda-feira, julho 17, 2006
quarta-feira, julho 05, 2006
terça-feira, junho 27, 2006
The Melancholy Death of Oyster Boy & Other Stories
The Girl With Many Eyes
One day in the park
I had quite a surprise.
I met a girl
who had many eyes.
She was really quite pretty
(and also quite shocking!)
and I noticed she had a mouth,
so we ended up talking.
We talked about flowers,
and her poetry classes,
and the problems she'd have
if she ever wore glasses.
It's great to know a girl
who has so many eyes,
but you really get wet
when she breaks down and cries.
One day in the park
I had quite a surprise.
I met a girl
who had many eyes.
She was really quite pretty
(and also quite shocking!)
and I noticed she had a mouth,
so we ended up talking.
We talked about flowers,
and her poetry classes,
and the problems she'd have
if she ever wore glasses.
It's great to know a girl
who has so many eyes,
but you really get wet
when she breaks down and cries.
terça-feira, junho 13, 2006
segunda-feira, junho 12, 2006
sexta-feira, junho 09, 2006
quarta-feira, junho 07, 2006
quinta-feira, junho 01, 2006
terça-feira, maio 30, 2006
segunda-feira, maio 15, 2006
quarta-feira, maio 10, 2006
terça-feira, maio 09, 2006
quinta-feira, maio 04, 2006
Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...
(Agora leia de baixo para cima)
Clarice Lispector (Brasil 1920-1977)
quinta-feira, abril 27, 2006
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